Olár Amores e Amoraas!!
Depois de tanto tempo, chegueeeei hahah!!
Me ausentei por um período, por conta de alguns sérios problemas pessoais que não me permitiram psicologicamente voltar a escrever, porém, como tudo na vida existe um recomeço rsrs voltei com as minhas criações e espero que gostem <3.
Neste ano que passou tive grandes aprendizados, perdi quem eu mais amava e ganhei nov@s companheiros. Amadureci algumas atitudes e me permiti viver aventuras novas. Todas essas mudanças me fizeram repensar diversas condutas que eu tinha, me ajudando a reconstruir uma nova Gabriela que está aberta a ver o mundo de outra forma.
Uma destas análises que me permiti viver foi em relação a sinceridade. Em quantas vezes somos mais sinceros com os outros do que com nós mesmos. Nas diversas mentiras que inventamos para não ter que encarar de frente uma situação. Quando, por conta do medo de magoar, deixamos de ser sinceros para fazer a vontade do outro.
Foi difícil notar essas mentirinhas que eu inventava para mim mesma, pois não as olhava como mentiras, mas como um caminho de fuga. Acreditava que era normal e necessário enganar os meus sentimentos. Porém, tudo na vida existe um limite e precisamos saber até que ponto é saudável e quando necessitamos parar.
Esse caminho de fuga era a maneira que eu utilizava para não sofrer, deixava de falar o que realmente queria com medo de não existir reciprocidade, com medo de não ser bem interpretada. Esse meu medo criava uma grande fantasia, como se eu já pudesse prever o futuro e saber que não iria dar certo expressar o que eu realmente sentia, com isso, meu medo manipulava meus sentimentos e ao querer sair por cima, acabava mentindo ou ficando quieta, ocultando o que estava guardado dentro de mim.
Todo esse mecanismo de defesa que acabei de mencionar, é mais comum do que podemos imaginar. Não fazemos de propósito, talvez tenha um pouco de intencionalidade, mas não é 100%. Fazemos por medo! Simplesmente medo.
Queria deixar claro que não falo da mentira em si, mas do fato de não conseguir viver experiencias por medo.
Você também já deve ter passado por isso. Sabe quando você deixa de falar algo que você realmente quer por medo de magoar? A pessoa te pergunta se está bem, se ficou bravo com ela e a sua resposta é que está tudo bem, deixando de falar o que realmente te incomoda.
Essas pequenas atitudes de não ser sincero consigo mesmo, deixando de viver momentos por medo de dar errado, nos prejudica e muito. Não nos permitimos experienciar coisas novas, por conta de uma ideia criada na nossa cabeça, ideia essa que nem sabemos se vai acontecer como imaginamos ou não, mas, por conta de toda a criação e essa falsa certeza de que dará tudo errado, deixamos de viver. Deixamos de ser sinceros com nossos sentimentos mais profundos e consentimos que o medo reine e manipule nossas ações.
Até quando vamos deixar de fazer o que queremos? Até quando iremos nos deixar ser manipulados?
Que tal ser sincero consigo mesmo? Deixar correr riscos, até porque, a decepção também acrescenta, é através dela que amadurecemos, através dela que faremos diferente da próxima vez.
Sei que é muito fácil falar, mas que é difícil na prática. A dificuldade já começa a partir do momento que você tem que achar dentro de você onde está deixando de ser sincero. Mas te afirmo, por experiencia própria, quando comecei senti muita dificuldade, porém, agora está ficando mais prático, sei que é um exercício constante, mas já me sinto mais leve.
A vida ganhou uma leveza que jamais teve antes. Aprendi a expressar os meus verdadeiros sentimentos, a correr mais riscos, a respeitar as minhas vontades. E principalmente, a confiar em mim.
Confiar e saber que sou capaz, que sei levantar depois de uma decepção. E que se não der certo tentarei de outra maneira, mas que jamais desistirei de viver momentos novos. Temos que vencer o medo.
Gabi Procópio 